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Plataforma Digital

Site para acompanhar ação extensionista
publicado: 03/07/2018 13h32, última modificação: 23/07/2018 17h58

Projeto cria site para registrar e acompanhar atendimentos de auriculoterapia em USF’s da Capital


A aurículoterapia é uma terapia natural e alternativa que utiliza pontos da aurícula (ouvido externo), para tratar doenças física, mental e emocional, além de atuar na redução de dores e inflamações. Segundo a medicina chinesa, nossa orelha tem diferentes pontos que, ao serem estimulados por meio de agulhas de acupuntura, esferas magnéticas ou pequenas sementes em adesivos, produzem reações e melhoras significativas para o bem-estardo nosso corpo.

Esse tratamento, não invasivo, é aplicado em algumas Unidades de Saúde da Família na cidade de João Pessoa. Trata-se de uma ação de extensão desenvolvida pelo Centro de Ciências da Saúde da UFPB e da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Na ação, a auriculoterapia é aplicada em pessoas que procuram as unidades de saúde alegando os mais diversos problemas.  

No entanto, o acompanhamento dos pacientes da auriculoterapia era feito em fichas de papel, método que dificultava a análise periódica da evolução dos pacientes. Para melhorar o atendimento, foi criado, em 2018, vinculado ao edital UFPB no seu município, o projeto “Plataforma Digital como ferramenta de suporte às Práticas Alternativas e Complementares (Auriculoterapia), nas Unidades Básicas de Saúde do Alto do Mateus e Grotão em João Pessoa”.

Trabalhando com o recurso e com um grande número de pacientes na unidade, em um sistema não muito organizado de coleta de dados e de registro, Matheus Azevedo, estudante de medicina da UFPB, teve a ideia de criar um site para cadastrar os pacientes, algo como um “prontuário digital”, uma ferramenta para facilitar a rotina de atendimentos e monitorar o resultado do tratamento com maior rapidez e precisão.

“A gente perdia tempo procurando fichas. Resolvemos criar esse banco de dados, para armazenar online as informações dos pacientes e, com isso, tornar o meio mais seguro. Com o arquivo digital, fazendo backup, as informações ficam mais seguras, podendo ser usadas para pesquisas futuras” declarou Matheus, bolsista e desenvolvedor do site.

Esse cadastro, que pode ser acessado até pelo celular, possui várias de informações: dados pessoais, características do paciente, o problema que possui, localidade (região onde mora no bairro), agente comunitário o qual está vinculado, terapeuta aplicador, que tipo de problema trouxe ele a unidade, profissional que indicou a auriculoterapia (...). Esse registro do paciente facilita o acompanhamento do tratamento e a evolução do quadro clínico. Somente membros da equipe possuem acesso aos dados dos pacientes, no entanto, no site, o público pode ter acesso a notícias sobre o projeto e sobre as PIC’s (Práticas Integrativas e Complementares).

A responsável pela gestão das PIC´s na USF do Grotão, Carminha Amorim, ressaltou a importância da plataforma: “Qualquer canal de comunicação é importante para que a população tenha acesso à informação, que vai possibilitar que o paciente pesquise de acordo com sua necessidade, promovendo a saúde a partir do conhecimento”, comentou a agroecóloga servidora da Prefeitura.

A ferramenta desenvolvida pelo Plataforma Digital deve ser ampliada, a proposta é criar uma aba para divulgação do uso de plantas medicinais nas USF, com a prática da fitoterapia, que não faz parte do projeto diretamente, mas que é utilizada para expandir as possiblidades de atendimento. Para Joseana Maria da Silva, paciente beneficiada com a prática, a curiosidade em conhecer outras soluções naturais para cada problema de saúde seria um estímulo para acessar o site.

 “O objetivo é, com o uso do site, acompanhar os usuários e estimular o uso da auriculoterapia, além de ver os resultados que isso dá no acompanhamento dos problemas de saúde, entendendo que isso é uma prática complementar, que vem ajudar em conjunto com outras atividades feitas pelos médicos, enfermeiros e assim por diante. O principal não é a ferramenta em si, ela é importante, ela estimula uma prática ordenada do processo, mas ela só existe porque há uma prática vinculada a ela”, disse André Bonifácio, coordenador do projeto.

Segundo o coordenador do projeto, estão sendo criados informes, um mural temático e uma página, criada por Matheus e alimentada por outros alunos que fazem parte do projeto, a fim de melhorar a comunicação. O projeto também pretende ministrar seminários de formação em auriculoterapia e ampliar o cadastramento para os usuários das outras USF’s, estudando a evolução deste trabalho até o fim do ano.

O atendimento na USF do Grotão é feito nas terças-feiras, das 13h às 16h. Os alunos interessados em participar do projeto “Plataforma Digital”, poderão acessar o SIGAA até o dia 9 de Julho ou acessar a página do projeto pelo feito site https://praticasintegrativasjp.webnode.com/news-/.

 

 * Reportagem de Larissa Maia - Bolsista da PRAC (2018)