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Projeto cria laboratório de fabricação dentro da UFPB
publicado: 11/05/2018 15h37, última modificação: 14/05/2018 19h10

 

Projeto cria laboratório de fabricação dentro da UFPB


Impulsionando a criatividade e facilitando a execução de ideias inovadoras, o Projeto "FabLab – Incentivando a inovação através do acesso público à tecnologia”, oferece à população de João Pessoa uma oficina-laboratório que é utilizada para partilha de conhecimentos e para criação, em impressoras 3D, de produtos idealizados pelos estudantes.

O projeto, inspirado nos laboratórios globais (modelo FabLab), que fornecem um espaço para produção da invenção e prototipagem, foi fundado em 2015 e tem como objetivo tornar acessível a realização de propostas tecnológicas por meio do laboratório de fabricação. A equipe que realiza as atividades é composta por quatro docentes: Camila Seibel, coordenadora; Euler Macedo, coordenador adjunto; Lucas Hartmann e José Maurício, ambos colaboradores; todos do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR). Também estão na equipe três estudantes de Engenharia Elétrica e um estudante de Engenharia Mecânica.

Voluntário e frequentador do laboratório, Antonio Félix afirmou que o projeto dá suporte para que ideias inovadoras se  tornem realidade e cumpre uma função que vai além do ensino acadêmico. "A gente tem um projeto para a construção do protótipo de uma mão impressa em 3D. Esse produto finalizado seria distribuído em hospitais, como o Hospital Universitário, para que as pessoas pudessem fazer testes e também melhorar a prótese", disse o estudante.

Para a coordenadora do projeto, Camila Seibel, do Departamento de Engenharia Elétrica - CEAR, a economia na produção também é um diferencial. Segundo levantamento de dados feito pela equipe, só o custo de um molde de ferro para fabricação de óculos de grau, por exemplo, é de R$ 25 mil e a produção de uma armação em uma impressora 3D tem o custo de R$ 2, considerando uma armação de 20 gramas.

Professor e colaborador da iniciativa, Lucas Hartmann, contou que a produção de uma peça em pequena escala é muito cara, já que se utilizam moldes específicos e o material dos moldes tem um custo bem superior. “Usando o processo de impressão 3D você dispensa a utilização desses moldes. A impressão de cada peça individual demora mais, no entanto ela permite um lote de pequeno porte de uma forma bem mais barata do que você gastaria para criar um lote de massa", declara o professor.

Para os participantes do projeto, uma das maiores dificuldades do FabLab é a falta do espaço físico definido, uma vez que o local que ficará o laboratório está sendo reformado. Atualmente, segundo o bolsista do projeto, Luan Florêncio, estudante de Engenharia Elétrica, a ausência de uma sede está criando dificuldades logísticas para a produção dos protótipos, pois as máquinas estão em locais separados, divididas entre dois laboratórios, e a produção requer a utilização várias máquinas.

Antes de chegar ao processo de produção, a ideia é analisada pela equipe, que examina a viabilidade da construção. Nessa etapa, é verificado se as máquinas comportam o tipo de produto e material a ser utilizado e quanto tempo é necessário para concretização do projeto.

Além da confecção dos produtos, também são oferecidos pelo projeto minicursos para os alunos de Engenharia Elétrica, como cursos de KiCad (criação de circuitos e PCB) e FreeCad (software de modelagem de peças). Nos minicursos o objetivo é capacitar os alunos para que eles executem os próprios trabalhos no FabLab.

O projeto também criará Open Lab, que fornecerá durante um dia (ainda a ser decidido se semanalmente ou mensalmente) a utilização do laboratório com o material de produção custeado pelo próprio projeto.

As reuniões do projeto acontecem quinzenalmente, mas com rotinas de tarefas semanais flexíveis. As pendências e as atividades são administradas por meio de um software de gerenciamento e não há pré-requisitos para participar do projeto e nem para a utilização do laboratório.

O local que foi cedido pela UFPB para ser a sede do FabLab, está em reforma e ficará no Centro de Vivências da Instituição. Até a conclusão da reforma, o caminho para ter outras informações sobre o projeto é acessar a página oficial ou as mídias sociais do projeto.

  

 

* Reportagem de Larissa Maia - Bolsista PRAC (2018)

 

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