UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS (PRAC)
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO (PRG)
II ENCONTRO UNIFICADO
TEMA
ÉTICA E FORMAÇÃO HUMANA: COMPARTILHANDO SABERES
XV ENCONTRO DE EXTENSÃO (ENEX) – 2014
24 a 28 de novembro de 2014 (Campus I e IV)
03 a 05 de dezembro de 2014 (Campus II e III)
BERNARDINA SILVA DE CARVALHO
LINCOLN ELOI DE ARAUJO
JÚLIO CÉSAR DE MACÊDO
LUIS VICTOR PALHANO DE SÁ BRAGA
(Organizadores)
II ENCONTRO UNIFICADO DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO
ANAIS
XV ENCONTRO DE EXTENSÃO
TEMA
ÉTICA E FORMAÇÃO HUMANA: COMPARTILHANDO SABERES
Editora da UFPB
João Pessoa
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA | |
Reitora Vice-Reitor |
MARGARETH DE FÁTIMA FORMIGA MELO DINIZ EDUARDO RAMALHO RABENHORST |
Pró-Reitor de Assuntos Comunitários – PRAC | ORLANDO DE CAVALCANTI VILLAR FILHO |
EDITORA DA UFPB | |
Diretora Supervisão de Editoração Supervisão de Produção |
IZABEL FRANÇA DE LIMA ALMIR CORREIA DE VASCONCELLOS JÚNIOR JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS FILHO |
E56 Encontro Unificado de Ensino Pesquisa e Extensão (2 : 2014 : João Pessoa-PB.). Anais do 2º Encontro Unificado de Ensino, Pesquisa e Extensão; 15º Encontro de Extensão e 16º Encontro de Iniciação à Docência: ética e formação humana: compartilhando saberes, de 24 de novembro a 05 de dezembro de 2014 [recurso eletrônico] / Organizadores: Bernardina Silva de Carvalho...[et al.].- João Pessoa: Editora da UFPB, 2015. 1CD-ROM; 43/4 pol.; (202,3MB) ISBN: 978-85-237-0873-3 1. Ética. 2. Formação humana. 3. Saberes - compartilhamento. I. Carvalho, Bernardina Silva de.
CDU: 37
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Os artigos e suas revisões são de responsabilidade dos autores.
EDITORA DA UFPB Cidade Universitária, Campus I –s/n
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APRESENTAÇÃO
O cenário epistemológico contemporâneo privilegia uma configuração diferente para a educação, contudo, sem um redimensionamento dos valores humanos na visão de complexidade, todos os esforços poderão ser inúteis. Convém afirmar que a vida é o encontro da diversidade do mundo e da busca de um sentido ético para a humanidade.
Essa configuração não se enquadra no argumento de Morin, quando mostra que os saberes tradicionais foram submetidos a um processo reducionista que acarretou a perda das noções de multiplicidade e diversidade. De forma que a simplificação está a serviço de uma falsa racionalidade, que nega as contradições existentes em todos os fenômenos e nas relações entre eles.
Para religar esses saberes tradicionais, é preciso promover o encontro verdadeiro entre homem, sociedade e natureza como desafio do pensamento complexo sobre o conhecimento. Assim, o desafio da educação é socializar esse conhecimento como um bem planetário.
Confirma-se, portanto, que é cada vez menos viável, à luz da Academia, prosseguir com essa atitude epistemológica de dividir, de fragmentar, para melhor observar e, então, entender parte ou partes de um problema para depois juntá-las. O paradigma da complexidade defende que o entendimento de uma realidade é sempre complexo; é um campo aberto para a integração dos conhecimentos e compartilhamento dos saberes.
A chave da compreensão da complexidade está nas relações da parte com o todo e do todo com as partes. Toda a realidade é formada pela interdependência entre as partes e as totalidades.
Para recuperar a complexidade da vida nas ciências e nas atividades humanas, Morin (2000) recomenda um pensamento crítico sobre o próprio pensar e seus métodos, o que implica sempre voltar ao começo. Não se trata de círculo vicioso, mas de um procedimento em espiral, que amplia o conhecimento a cada retorno e, assim, coaduna- se com o fato de o ser humano ser sempre incompleto e a convicção de que a aprendizagem se dá ao longo da vida. Propõe uma reforma do pensamento por meio do ensino transdisciplinar, capaz de formar cidadãos, solidários e éticos, aptos a enfrentarem os desafios da contemporaneidade.
Sob o ponto de vista de Morin (2000), uma educação que se configure planetária deve prescindir de modelos educativos tradicionais; promover a “reforma do pensamento”; religar saberes para construir conhecimentos pertinentes; fomentar o trabalho coletivo e solidário; respeitar as singularidades, dentro da diversidade, e ampliar o conhecimento para uma visão planetária da realidade homem-sociedade- natureza.
O ser humano, consciente de que ele constrói a si mesmo e ao mundo, constitui- se o que Freire denominou de passagem da consciência ingênua para a consciência crítica. A partir dessa realidade, a educação assume, como missão, o compromisso de conscientização. Para isso, Freire aponta o diálogo amoroso como categoria central, pois é o diálogo que aproxima os seres humanos para a sua transformação e, consequentemente, a transformação dos processos sociais, nos quais a ética humana seja conteúdo substancioso e imprescindível à formação humana.
Como meio de garantir a prática dialógica no fazer da extensão da UFPB, neste ano de 2014, os que fazem a Coordenação de Programas e Ação Comunitária, refletindo sobre o tema do II Encontro Unificado decide por uma nova modalidade de trabalho no XV ENEX, a saber: as Tertúlias que, na sua essência, garante a socialização e construção de novas aprendizagens através do diálogo entre os discentes participantes dos projetos e demais ações de extensão desenvolvidas em 2015. Esse encontro, sob a ótica de seu tema intensifica apontando objetos de estudos imbuídos da necessidade de conhecer mais de perto os processos de construção do conhecimento que fundamentam as ações concretas realizadas dentro e fora da Universidade.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XV ENEX cujos resumos estão organizados nas oito áreas temáticas: Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Trabalho. Para tanto, acreditamos na visibilidade e perenidade dos projetos acadêmicos de extensão desenvolvidos na UFPB.
Bernardina Silva de Carvalho
Coordenadora da COPAC
Coordenadora do ENEX 2015